sábado, 23 de outubro de 2010

Um resto de tudo - João Pedro Pais

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Desce pela avenida a lua nua
Divagando à sorte, dormita nas ruas
Faz-se de esquecida, a minha e tua
Deixando um rasto, que nos apazigua

Entra pela vitrina, surrealista

Faz malabarismo, a ilusionista
Ilumina o céu que nos devora
Já se sente o frio, está na hora de irmos embora

Sou um ser que odeias mas que gostas de amar

Como um barco perdido à deriva no mar
A vida que levas de novo outra vez
O mundo que gira sempre a teus pés
Sou a palavra amiga que gostas de ouvir
A sombra esquecida que te viu partir
A noite vadia que queres conhecer
Sou mais um dos homens que te nega e dá prazer
Sou a voz da tua alma que te faz levitar
O átrio da escada para tu te sentares
Sou as cartas rasgadas que tu não lês
A tua verdade, mostrando quem és

Sou um ser que odeias mas que gostas de amar

Um barco perdido à deriva no mar
A vida que levas de novo outra vez
O mundo que gira sempre a teus pés
Sou a palavra amiga que gostas de ouvir
A sombra esquecida que te viu partir
A noite vadia que queres conhecer
Sou mais um dos homens que te nega e dá prazer
A voz da tua alma que te faz levitar
O átrio da escada para tu te sentares
Sou as cartas rasgadas que tu no lês
A tua verdade, mostrando quem és

O resto de tudo que possa existir

Mostrando quem és

Um resto de tudo…
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João Pedro Pais
Um resto de tudo

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